terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Controlo de peso em desportistas

A luta contra o excesso de peso acompanha um desportista durante a sua carreira pois, os valores de referência corporal para um desportista não são os mesmos de um sedentário, já que os excessos ponderais pagam-se normalmente com a diminuição de eficácia técnica e competitiva. Normalmente, um atleta mais pesado é menos económico e, no caso particular de esforços prolongados, a performance é afetada pelo excesso de peso.

De uma forma geral, o excesso ponderal é provocado pela acumulação de gordura que provém da desregulação positiva do balanço energético. Deriva do carácter mais ou menos crónico do imbalanço entre o aporte e o gasto energético. O aporte, quer dos nutrientes plástico-energéticos (proteínas, hidratos de carbono, gorduras), quer dos bioreguladores (minerais, fibras, vitaminas e água), deve atender às necessidades diárias já que todo o excesso dos primeiros determinará a sua transformação em gorduras.

Muitos desportistas apresentam um peso elevado derivado da musculatura hipertrofiada e não do acúmulo de gordura. O meio mais eficaz de avaliar a sua composição corporal é através da medição das pregas de adiposidade subcutânea o que permite determinar os locais seletivos de gordura.

Num atleta, o excesso de peso raramente coloca problemas de saúde, unicamente se reflete na economia de movimento, No entanto, quer a gordura supérfula, quer a excessiva magreza afetam o rendimento desportivo. A solução passa pela adoção de uma dieta correta que evite os alimentos de elevada densidade calórica e baixa riqueza nutricional.

Muitas crises de forma, lesões e estados instalados de astenia podem resultar de dietas desadequadas que em vez de se constituírem como fatores regeneradores, pelo contrário induzem stress acrescentado que se vai refletir na baixa de rendimento desportivo.

O balanço energético é o resultado das exigências energéticas (taxa metabólica basal + nível de atividade) condicionado por diversos fatores - idade, sexo, peso e altura. Um peso estável é conseguido se o aporte energético é contrabalançado pelo gasto de energia. No entanto, sempre que o défice energético é muito grande, o organismo defende-se baixando a taxa metabólica basal. Tal é evitado com o exercício físico que potencia o tecido magro e previne a redução do metabolismo basal.

A seleção de alimentos deve ser criteriosa. Um desportista em regime de duplo treino diário deve saber distribuir a energia alimentar por várias refeições evitando assim digestões dificultadas. Atletas empenhados em treino intenso e de grande volume podem necessitar fazer vários snacks durante o dia para conseguirem o aporte adequado de energia e nutrientes. Um atleta pretendendo reduzir o peso não deve saltar refeições pois vai sobrecarregar outras refeições com grande quantidade de alimentos. A alimentação de um desportista deve ser estabelecida em rotinas ajustadas ao plano de treinos; no entanto, os dias de festa podem e devem ser vividos plenamente para evitar síndromes de carência.

Para uma dieta equilibrada o cabaz alimentar, distribuído pelo menos por 5 refeições, deve compor-se de:
- produtos hortícolas e frutos (43%)
- cereais, tubérculos e leguminosas secas (30%)
- lacticínios, com exceção de manteiga e natas (14%)
- pescado e carne (10%)
- gorduras de adição (3%)

A água deve ser bebida em abundância e fundamentalmente fora das refeições para evitar afetar o poder digestivo dos ácidos gástricos retardando e dificultando a digestão.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

5 Medidas para melhorar os hábitos alimentares em 2016 - DGS

Comer melhor em 2016 é uma promessa com impacto real na nossa vida e na saúde do planeta. Os hábitos alimentares inadequados são as principais condicionantes dos anos de vida saudáveis perdidos pelos portugueses e a produção alimentar é um dos principais responsáveis pelo aquecimento do planeta e emissões de gases com efeitos de estufa.
A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, sugere cinco medidas que podem fazer uma enorme diferença: 

1. Uma vez por semana substitua a refeição de carne por um prato vegetariano. Uma refeição de carne a menos por semana, ao longo de um ano, equivale a poupar, em emissões de carbono, cerca de 500 km de automóvel; 

2. Uma vez por semana experimente cozinhar sem sal. Mais de 4 milhões de portugueses sofrem de hipertensão arterial onde o sal tem um papel importante; 

3. Substitua o habitual refrigerante ou bebida açucarada diária por água. O consumo regular de refrigerantes tem vindo a ser associado ao aparecimento de diabetes tipo II e cárie dentária. Por outro lado, apenas um refrigerante ou outra bebida açucarada pode conter por lata de 330 ml aproximadamente 35 g de açúcar, o que equivale ao consumo anual de mais de 12 kg de açúcar e alguns quilos de gordura corporal a mais no final do ano; 

4. Consuma sopa pelo menos uma vez por dia e, sempre que possível, substitua, em parte ou totalmente, a batata por leguminosas (feijão, grão, ervilha, fava, lentilha). A presença de hortícolas e leguminosas ajuda a regular o colesterol, é fonte de vitaminas e minerais, reduz o risco de doença cardiovascular e certos tipos de cancro, reduz o risco de diabetes tipo II e pode ter um papel importante na regulação do trânsito intestinal e controlo do apetite. Uma dose diária destes alimentos protetores é decisiva para uma alimentação equilibrada e uma vida saudável; 

5. Vamos deitar cada vez menos comida fora, comprando e cozinhando apenas o necessário e reaproveitando. Um terço da comida produzida no nosso planeta nunca chega a ser consumida. Esta é uma das principais fontes de poluição num mundo onde 795 milhões de pessoas passam fome. E, em Portugal, dois milhões de portugueses e suas famílias estão abaixo do limiar de pobreza. Vamos deitar menos comida fora este ano!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

DICA 9: Use as mãos para saber a porção certa que deve comer

Todos sabem que devem apostar nos legumes e vegetais e evitar frituras e comidas com gorduras saturadas. Mas, muitas vezes, as dietas não funcionam porque se cometem certos exageros mesmo com os alimentos considerados saudáveis. Afinal, quais as porções ideais? O Cora(são) com Nutrição conferiu que praticamente não existem guias que mostrem como são as porções certas de cada alimento. Segundo sugestões do sistema nacional de saúde britânico e da Organização Mundial de Saúde, o Cora(são) com Nutrição, com ajuda de uma mão como "medidor", mostra quais as porções que idealmente se deve ingerir dependendo do alimento.

FRUTOS SILVESTRES
                                                    

FRUTOS SECOS    
                      

MASSAS


VEGETAIS


PESCADO


MANTEIGA DE AMENDOIM


CARNE


BATATA


QUEIJO


FOLHAS


CHOCOLATE


BOLOS