segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Desmentida a teoria de que os hidratos de carbono engordam mais à noite

Houve ensaios com pessoas que comeram maior quantidade de hidratos de carbono à noite e as conclusões foram surpreendentes, conta o nutricionista Aitor Sánchez García numa entrevista ao diário espanhol El País, esta segunda-feira. "No dia seguinte essas pessoas tinham gasto mais energia e estavam com o apetite mais saciado."

Ao contrário do que se tinha como adquirido, o que Sánchez García quer dizer é que não faz sentido a "preocupação com a hora em que se ingere hidratos", mas antes o tipo dos que se comem. Segundo o nutricionista, a crença popular de que os hidratos engordam mais, se consumidos à noite, resultam de uma "identificação cultural com as versões menos saudáveis - doces, farinhas refinadas, bebidas açucaradas e produtos ultraprocessados".

Sánchez García é, aliás, contundente quando responde "não" à pergunta sobre se, em geral, os hidratos engordam. É claro que não está a falar de refrigerantes, doces ou bolos... Refere-se, sim, a outras fontes, como a fruta, verduras e leguminosas, sendo que estas últimas, também ao invés do que era a norma, "demonstraram eficácia no controlo do peso e do apetite".

No seu estilo algo truculento, Sánchez García, 28 anos, indigna-se: "Não se pode comer fruta depois das seis da tarde?! Agora o problema é a fruta? O que deviam dizer é que as bolachas são péssimas desde o momento em que, de manhã, te levantas da cama."

Não culpemos a batata, a abóbora ou os cereais, diz o nutricionista. O problema, aponta, "é quando começamos a refiná-los para fazer subprodutos que perdem nutrientes e ficam sem fibra. Definitivamente temos um resultado mais 'doce', menos nutritivo e menos saciante".

Fonte: Visão

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Dica 14 - As Conservas Mais Saudáveis

Os alimentos em conserva são produtos alimentares frescos que foram esterilizados, por vezes cozinhados, e colocados em latas igualmente esterilizadas, fechados de modo duradouro e perfeitamente hermético.

O processo da conserva não modifica em nada a natureza das proteínas, dos lípidos e glícidos dos alimentos, mantendo todo o seu valor biológico intacto.

A rapidez do tratamento térmico da conserva e técnica de esterilização asseguram a manutenção das vitaminas originais. Estudos indicam que após o processo de esterilização 70% das vitaminas são preservadas, o que é verdadeiramente excepcional, considerando que apenas 10% das vitaminas são retidas na confecção e no armazenamento caseiro.

O tratamento térmico de esterilização permite obter produtos que mantêm um elevado valor nutritivo com máxima segurança higiénica. Desta forma podemos consumir durante todo o ano e em qualquer localização geográfica um alimento de alto valor nutritivo. 

No entanto para uma conservação eficaz são adicionados altos teores de sódio e gordura, por isso recomenda-se que o seu consumo seja moderado. Conheça os opções mais saudáveis.

Troque atum em azeite (186 kcal/85 g) por atum em água (81 kcal/85 g). O atum é rico em proteínas de alto valor biológico e em ácidos gordos polinsaturados, a tão afamada gordura de qualidade, e as conservas de peixe permitem a disponibilidade a custo acessível deste alimento fundamental. Comparando o atum em azeite e o atum em água têm valor proteico idêntico, mas o segundo tem menos 105 calorias.

Troque sardinhas em óleo vegetal (177 kcal/85 g) por sardinhas em molho de tomate (158 kcal/85 g). Uma das vantagens da sardinha em conserva é o facto do cálcio estar mais disponível, sendo que a opção em molho de tomate tem menos 19 calorias do que a conservada em óleo. Devemos incluir peixes gordos, como o atum e a sardinha, na alimentação duas vezes por semana, variando entre espécies e métodos de conservação.

Troque cavalas (filetes) em azeite (183 kcal/90 g) por anchovas (94 kcal/57 g). Apesar de menos calórica, a conserva de anchova tem um teor de sódio superior ao do atum, sardinha ou cavala, e, por isso, o seu consumo deve ser esporádico e em pequena quantidade.


Troque azeitonas verdes (49 kcal/10 unidades) por azeitonas pretas (42 kcal/10 unidades). As azeitonas contêm uma quantidade apreciável de ácidos gordos monoinsaturados e são fonte de vitamina e, uma vitamina antioxidante. No entanto, quer as verdes quer as pretas devem ser consumidas com moderação porque, para além de serem ricas em gordura, fornecem muito sódio devido ao método de conservação.


Troque rebentos de feijão mungo (43 kcal/100 g) por rebentos de bambu (15 kcal/100 g). Ambos fornecem poucas calorias e são praticamente isentos de gordura, o que os torna boas opções em dietas de emagrecimento. A sua textura rija e fibrosa estimula a mastigação. Ambos ajudam a aumentar a variedade e volume de alimentos no prato sem aumentarem significativamente o valor calórico.

Troque grão-de-bico (95 kcal/80 g) por feijão-frade (75 kcal/80 g). As leguminosas secas são fonte de proteína vegetal e fibra, com um baixo teor em gordura. A sua composição em glícidos complexos de absorção lenta e fibra torna-os bons aliados em dietas de emagrecimento porque promovem a saciedade. São também importantes na regulação do trânsito intestinal.


Troque milho (45 kcal /50 g) por cogumelos (6 kcal /50 g) . Os cogumelos, por serem isentos de glícidos e com apenas vestígios de lípidos (gordura), são menos calóricos do que o milho doce. Mas ambos têm propriedades nutricionais importantes e devem fazer parte da dieta.