Os hidratos de carbono sempre foram vistos como os nutrientes de alta densidade calórica, necessários para a recuperação de energia na antiguidade do homem. Hoje em dia, sabe-se que estes não são a única fonte de macronutrientes capazes de fornecer energia, porém continua ainda como a fonte primária. Mas "mudam-se os tempo e mudam-se os hábitos", hoje o consumo e o gasto, cada vez mais, não são equilibrados e, por consequência, as pessoas engordam mais facilmente, intitulando esta rica fonte energética como a grande "vilã" da história.
As dietas com a restrição de hidratos de carbono são cada vez mais abordadas e a dúvida persiste: Será que o sucesso para a perda de peso passa pela exclusão completa de hidratos de carbono da alimentação?
A resposta a esta questão suscita muitas dúvidas, todavia através da leitura de documentos e artigos relacionados com o tema afirmo que NÃO. Dietas com baixo consumo de hidratos de carbono não devem ser confundidas com dietas sem hidratos de carbono. A restrição completa de hidratos de carbono da alimentação acarreta variados efeitos negativos ao organismo, entre os quais:
- Aumento do catabolismo (destruição) muscular, sobretudo pelo aumento do cortisol
- Dificuldade na recuperação muscular e na síntese de glicogénio
- Dificuldade na absorção de peptídeos como a creatina
- Dificuldade na manutenção hídrica do corpo
- Dificuldade na produção de hormonas como a serotonina (essenciais no humor)
- Aumento da acidez sanguínea
- Relativa diminuição na síntese proteica
Todos estes motivos são mais que razões para evitar a restrição completa de hidratos de carbono.
É certo que a ingestão de hidratos de carbono em excesso se converte em gordura: é um facto, mas isso verifica-se com qualquer outro macronutriente, tudo o que é em excesso é eliminado como toxina ou é transformado em gorduras pelo organismo.
Os hidratos de carbono são associados diretamente ao aumento de peso, pelo facto de serem mais facilmente metabolizados pelo corpo e rapidamente utilizados ou transformados como reservas.
É importante entender que o corpo humano é todo um equilíbrio vivo e que ao retirar toda a fonte direta de energia prejudica o seu funcionamento, dificultando a utilização de gorduras para a gliconeogénese (produção de glicose) e causando, a longo prazo, a diminuição da taxa metabólica, isto é, o organismo começa a gastar menos calorias para a realização das mesmas atividades.
Então, retirar os hidratos de carbono da dieta não é a chave do emagrecimento, uma vez que ao compensar-se o organismo com outros macronutrientes, o saldo energético continuará o mesmo ou, em muitos casos, até maior. O ideal é combinar os três macronutrientes essenciais, nomeadamente os hidratos de carbono, as proteínas e as gorduras, para que o corpo esteja em condições saudáveis e continue o processo de queima de gordura de maneira eficaz.
Basicamente a chave do sucesso encontra-se na junção de...
EQUILÍBRIO, VARIEDADE e DESPORTO.
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