terça-feira, 21 de abril de 2015

A importância da alimentação para o desportista

O estudo da nutrição desportiva torna-se cada vez mais importante, sendo ele uns dos principais motores que auxilia os atletas a melhorar o desempenho quer nos treinos como nas competições.

Segundo Viveiros (1968), a alimentação deve ser trabalhada de acordo com a finalidade de cada tipo de atividade, condições climáticas e o biótipo dos atletas, por exemplo o peso corporal, a força muscular e a resistência muscular. Todo o atleta está preparado para suportar diferentes cargas em diferentes treinos, sendo de inevitável importância o tipo de alimentação.

Segundo Fernández, Saínz e Garzón (2002), a dieta para um indivíduo fisicamente ativo deve ser: 
  • Rica em hidratos de carbono complexos
  • Rica em proteínas de alto valor biológico
  • Adequada em ácidos gordos essenciais (preferencialmente Ómega 3)
  • Suficiente em vitaminas, minerais, água e fibra

Para Viveiros (1968), a alimentação do atleta em fase de preparação deverá incluir:  
  • 15% de proteínas
  • 30% de lípidos
  • 55% de hidratos de carbono
  • 4 vitaminas básicas (A, B1, B2 e C) e 4 minerais (cálcio, ferro, fósforo e cobre)
Destaca-se a importância dos hidratos de carbono por serem as principais fontes de energia que repõem rapidamente os gasto pelo exercício físico, mantendo e repondo os níveis de glicogénio muscular para um maior rendimento desportivo. Para além destes, as proteínas, também elas fundamentais no ponto de vista da regeneração dos tecidos e os aminoácidos essenciais para a regulação e o funcionamento orgânico.

Viveiros (1968), Settineri (1974) e Fernández, Saínz e Garzón (2002) afirmam que os ácidos gordos são importantes para os processos de construção orgânica e de regulação funcional. As vitaminas e minerais têm um importante papel estrutural e funcional que se repercute na capacidade de resposta ao exercício físico. Como a água que desenvolve todas as reações físico-químicas sendo visto como o elemento estrutural do organismo. E por fim, as fibras que são um elemento crucial para o correto funcionamento do trânsito intestinal dos alimentos, permitindo a adequada depuração essencial no pós-exercício.

Atenção aos efeitos que o excesso destes macronutrientes pode causar aos atletas. A título de exemplo, o excesso de hidratos de carbono podem alterar o nível de insulina, sendo que quanto maior a quantidade de hidratos de carbono, maior será a quantidade de insulina. De acordo com Dintiman et al. (1999), esse excesso pode causar:
  • Hipoglicemia (diminuição no nível de glicose sanguínea)
  • Diminuição da capacidade na libertação da gordura corporal para o fornecimento energético, forçando os músculos a utilizar o glicogénio de reserva
  • Diminuição da capacidade do fígado para a restauração dos níveis de açúcar do sangue de forma a manter uma fonte de energia estável para o cérebro
Para auxiliar a alimentação dos atletas deve-se atender a uma lista ou tabela de alimentos que podem ingerir quer nas refeições de pré e pós - treino, bem como nas refeições de pré e pós - competições, de acordo com as necessidades de cada atleta. O guia da alimentação solícita o uso da tão conhecida pirâmide alimentar.


Nesta pirâmide apenas falta o elemento essencial, a água. Beber água mesmo sem ter sede deve ser um hábito ensinado desde pequeno para evitar problemas de termorregulação e desidratação, sendo que isso pode implicar golpes de calor e lesões musculotendinosas (Fernández, Saínz, Garzón, 2002). Além de que o seu consumo auxilia a eliminação rápida de produtos tóxicos resultantes da fadiga muscular.

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