Adotados frequentemente por razões éticas e não nutricionais, estes regimes têm crescido exponencialmente devido aos mais pros que contras associados a ele. Para o controlo de peso, têm a vantagem de limitar ou abolir as fontes de gordura de origem animal o que pode ser uma ajuda importante na restrição calórica total. Implicam também uma aprendizagem das fontes de proteína vegetal e suas combinações, que pode ser muito benéfica à qualidade nutricional em geral. No entanto, sobretudo se correr em conjunto com uma restrição calórica acentuada, uma dieta vegetariana pode ser potenciadora de deficiências alimentares, nomeadamente de vitamina B12 e ferro. Muitos pratos vegetarianos são também muitos ricos em gordura, algo que se deve ter em conta.
Vários estudos indicam que aqueles que optam porr seguir uma dieta vegetariana são habitualmente mais magros e mais saudáveis quando comparados com a população em geral, especialmente com aqueles que ingerem carne.
Um estudo comparou o Índice de Massa Corporal (IMC) de vários grupos de indivíduos com padrão alimentar vegetariano (vegans ou ovo-lacto-vegetarianos), semivegetariano (com ingestão de peixe mas não carne) e com alimentação omnívora tradicional. De todos os grupos, aquele com alimentação que incluía carne apresentava o IMC mais elevado, seguido dos ovo-lacto-vegetarianos. O grupo de vegetarianos mais restritivos (vegan) apresentava as taxas de obesidade mais reduzidas. De salientar que o estudo foi realizado sem a prática de exercício físico, pois caso decorresse durante a prática desportiva não existia credibilidade, uma vez que o IMC não distingue massa magra de massa gorda.
Uma característica dos vários tipos de alimentação vegetariana, consequência natural da elevada ingestão de produtos de origem vegetal, é um consumo de fibra acima da média. Importante na qualidade nutricional de qualquer dieta de uma pessoa saudável, a fibra alimentar pode trazer alguns benefícios adicionais a pessoas interessadas em controlar o seu peso, através dos seus efeitos na digestão e metabolismo pós-absortivo, na saciedade e na regulação do metabolismo da glicose e insulina.
A alimentação vegetariana tem sido associada a uma redução de alguns
factores de risco de doença cardiovascular, como perfil lipídico mais
favorável, IMC mais baixo e pressão arterial
inferior. No entanto, torna-se necessário complementar a dieta com suplementação de vitamina B12, uma vez não encontrada em alimentos de origem não-animal, o seu défice pode aumentar o risco de doença cardiovascular.
Não
devemos esquecer que, independentemente do grau de exclusão de
alimentos animais da alimentação, os planos alimentares vegetarianos,
para serem nutricionalmente adequados e saudáveis, devem ser devidamente
estruturados.
Esta dieta deverá ser bem planeada e equilibrada em termos
nutricionais, ás necessidades, gastos físicos e estilo de vida de cada
um. - See more at:
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